POLYPODIACEAE

Terpsichore semihirsuta (Klotzsch) A.R.Sm.

EN

EOO:

15.430,431 Km2

AOO:

16,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre no Rio de Janeiro (Labiak; Hirai, 2012). No entanto foi encontrado um registro no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais (Mynssen, C., 1186, NYBG 1039325) e em Espírito Santo (Brade, A. C., 19878, RB 66962).Na Bolívia a espécie foi encontrada em altitude entre 2600 m e 3150 m (Gerold et al., 2008). No Brasil os registros botânicos mostram a ocorrência entre 1950 m (Brade, A. C., 9644, HB) e 2100 m (Brade, A. C., 9509, NYBG 806946)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Terpsichore semihirsuta </i>é uma samambaia encontrada apenas em regiões montanas da Mata Atlântica dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santos. Há poucos registros de coleta para a espécie, resultando em uma baixa área de ocupação (AOO=16 km²). Ocorre em uma área que sofre intensa perda de hábitat para a agricultura e o plantio de espécies madeireiras. Portanto, suspeita-se que as populações estejam severamente fragmentadas. É considerada "Em perigo" (EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes:

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa (Salino et al., 2009)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Os registros botânicos indicam que a espécie tem hábito terrestre e epifítico, ocorrendo em local pouco sombreado (CNCFlora, 2012).Segundo Labiak; Prado (2005) a espécie também tem hábito rupícola.A espécie apresenta alta similaridade genética com Melpomene moniliformis, Lellingeria apiculata e L. hirsuta (Schuettpelz; Pryer, 2008)

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire high
NoParque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ, a vertente Norte esta fortementeameaçado a incidência de incêndios, uma vez que as correntes de vento úmidas ficamretidas na vertente Sul. A estação de seca tem início em maio, com focos deincêndio mais crítico no meses de agosto e setembro. O início de incêndioocorre principalmente pelo preparo de terreno para a prática agrícola. Em 2004, um incêndio iniciado fora da área do parque provocou aqueima de 250 ha. Em oito anos, 1999-2006 foi queimado 872,5 ha nas áreas doParque e entorno (MMA; ICMBio, 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.3 Tourism/recreation local low
Por sua expressiva beleza cênica e atrativos naturais, a Cadeia do Espinhaço vem se constituindo num alvo de mudanças sócio-espaciais ocasionadas pelo afluxo cada vez maior de visitantes e turistas, além da crescente ocupação caracterizada pelas segundas residências de lazer. O fluxo turístico e ocupação exógena adquiriu expressão a partir do final dos anos sessenta e vem aumentando significativamente nos dias atuais (Oliveira, 2002; Madeira; Ribeiro, 2009).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.2.2 Large-scale very high
A destruição edegradação do habitat é, sem dúvida, a maior causa de perda de biodiversidadeno Espirito Santo. Subsequentes ciclos econômicos, como o da exploração damadeira, da agricultura cafeeira, dos "reflorestamentos" homogêneos (Pinuse Eucaliptus) é uma ameaça à região (Simonelli; Fraga, 2007).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
4.4.1 Identification of new protected areas needed
A grande quantidade de áreas pouco alteradas ao longo de todo o corredor da Cadeia do Espinhaço e o recente reconhecimento de sua importância com a criação da Reserva da Biosfera do Espinhaço apontam para a necessidade de implementar Áreas Protegidas (Oliveira, 2002).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Criticamente em perigo" (CR), lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 1
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, RJ (CNCFlora, 2011)